
Não desespere se tudo que a “tia” do C.A te ensinou se modificou. Essa modinha de reformar as coisas cansa os meus neurônios, porque esse povo não dá pitaco na vida deles heim! Acordar a velha língua portuguesa pra quê? Recorrendo a Platão: “Só sei que nada sei” e o pior é que não sei mesmo, mais com o tempo eu vou me acostumando. Eu aprendi que ideia se escreve idéia, que cinquenta tem trema e que K, W e Y eram apenas letras de quem tem nome estrangeiro. Eu protesto por todas as vezes que eu comia os acentos e perdia preciosos décimos na prova.
Tudo bem que eu não iria me importam nem um pouco em ter os meus 6 anos de volta, mais vai ser dose relembrar paroxítonas, hiatos, ditongos e voltar a que comer sopa de letrinhas. Rs! Então vai uma ajudinha p/ mim e p/ vocês:
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 2009 foi elaborado para uniformizar a grafia das palavras dos países lusófonos, ou seja, os que têm o português como língua oficial. Ele entrou em vigor a partir de janeiro de 2009.
Os brasileiros terão quatro anos para se adequar às novas regras. Durante esse tempo, tanto a grafia hoje vigente como a nova serão aceitas oficialmente. A partir de 1 de janeiro de 2013, a grafia correta da língua portuguesa será a prevista no Novo Acordo Ortográfico.
Confira todas as mudanças da Reforma Ortográfica 2009:
Alfabeto da língua portuguesa:
A língua portuguesa passa a reconhecer o “K“, “W” e o “Y” como letras do nosso alfabeto, aumentando o número para 26 letras. Esta regra servirá para regularizar o uso dessas letras no nosso idioma.
Exemplo: km e watt.Regra das Tremas
Tremas:
As saudosas tremas foram abolidas da língua portuguesa. Você nunca mais precisará usá-las, a não ser para casos específicos, como o uso em nomes próprios.
Exemplo: tranquilo e cinquenta.
Regra da Acentuação:
Hiatos terminados em “oo” e “ee” não são mais acentuados.
Exemplo: leem e voo.
Ditongos abertos em paroxítonas não são mais acentuados.
Exemplo: ideia e jiboia.
Ditongos com “u” e “i” tônicos não são mais acentuados.
Exemplo: feiura.
O acento continua em ditongos abertos em monossílabas, oxítonas e terminados em “eu“.
Exemplo: chapéu.
O acento em palavras homógrafas foram eliminados, com exceção no verbo “poder” (no passado) e “pôr”.
Exemplo: pelo, para, pôde.
Não acentua-se mais o “u” em formas verbais rozotônicas precedido de “g” ou “q” antes de “e” ou “i“.
Exemplo: apaziguar e averiguar.
Regra das Grafias Duplas:
Para palavras onde a fonética é ambígua, como é o caso de Roraima, pode-se usar acentos da melhor forma que lhe convém.
Exemplo: Rorâima e/ou Roráima.
Regra das Consoantes Mudas:
Todas consoantes que não são pronunciadas, tais como exacto e óptimo, não serão mais usadas. O Brasil já adora esta regra há várias décadas.
Exemplo: óptimo e objectivo.
Regra do Hífen:
Não utiliza-se mais hífens em palavras compostas cujos prefixos terminam em vogal seguida de palavras iniciadas com “r” ou “s“. A mesma regra serve para prefixos que terminam em vogal e palavras que começam com vogal.
Exemplo: contrassenha e autorretrato.
Mantem-se o hífen para prefixos terminados em “r” onde a outra palavra também começa com “r“.
Exemplo: super-racional.
Utiliza-se hífen quando a palavra começa com a mesma vogal que o prefixo termina, com exceção do prefixo “co“.
Exemplo: anti-inflamatório.
O hífen mantem-se em palavras que não possuem ligação em comum. A mesma regra aplica-se para prefixos “vice“, “ex“, “pré“, “pró” e “pós“.
Exemplo: beija-flor.
Não utiliza-se mais hífens em palavras compostas por substantivos, adjetivos, verbais, pronomes, etc.
Exemplo: sala de jantar.